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sábado, 30 de abril de 2011

TERÇA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2011: "SUJEITO: SUBSTÂNCIA PERMANENTE"

Para a Lógica, a razão é a faculdade de descobrir as relações necessárias das coisas, formuladas em determinado número de princípios, quer na ordem 'Lógica' ,propriamente dita, quer na sequência da 'Metafísica'. Buscando, pois, as primeiras verdades, a Lógica afere (pelo princípio de identidade) que toda causa é idêntica a si mesma. E então pondera (através da 'não contradição') que uma coisa não pode ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto ser e não ser. A Lógica avalia ainda (pelo princípio do terceiro equivalente) que duas coisa idênticas a uma terceira são idênticas entre si. Além do que (princípio da capacidade) 'tudo o que contém uma coisa contém o seu conteúdo'. Já pela sequência da 'Metafísica', tudo tem sua razão de ser; tudo o que começa a existir tem a sua causa; em substância, o que é permanente, existe por si e em si; toda causa primeira confirma a causa segunda; tudo é conduzido para um fim; tendente para o mais simples. São princípios, os da Metafísica, que, sujeitos a uma nova ordem, estabelecem a harmonia do universo. A Lógica observa também que na 'substância' o permanente, existindo em si e por si, não precisa de sujeito que se lhe agregue, enquanto modo ou qualidade dessa mesma substância. É a partir da essência, consequentemente, que se dá a constituição e a especificação de um ser, dentro de uma espécie ou gênero, distinguindo-os dos seres de outras espécies e demais gêneros. Por conseguinte, determina que 'o ser seja o que é' por meio da diferença que possui com outros seres das outras espécies. O 'ser' é assim contido em sua peculiaridade de 'ente'. Finalmente, será a partir da REALIZAÇÃO DA ESSÊNCIA que ocorrerá A EXISTÊNCIA. (Caos Markus)

SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2011: "ABSTRAÇÃO: ESTRATÉGIA DO INTERVENCIONISMO"

Na economia, como nas demais ciências humanas, os conflitos de valores ocupam um lugar destacado, a ponto de ser praticamente impossível, atualmente, afirmar-se onde termina a teoria econômica (científica) e onde começa a doutrina ideológica ou política. Em geral, os economistas com maior frequência intervêm, de maneira cada vez mais direta, nos assuntos privados e públicos. Equivale dizer: a economia-ciência está intimamente integrada ao seu contexto social e político. Abordada sob a análise do grau de certeza do conhecimento científico, a economia se faz notar pela sua característica de duplo movimento: no plano tecnológico, ela constrói complexa estrutura abstrata, progressivamente renovada face uma instrumentação original; ao nível da determinação de seu objeto, orienta-se em direção a uma concepção que, de forma crescente, a vincula às ciências humanas. Entretanto, a análise aprimorada dessas duas dimensões leva ao reconhecimento de que, enquanto ciência teórica, a economia já não está dissociada de suas técnicas de aplicação. Com efeito, 'teoria' e 'prática' não somente dão sentido uma à outra, mas também se determinam reciprocamente. Por isso mesmo, a economia é hoje programaticamente intervencionista, ou seja, reflete uma praxeologia, posto que intervém na medida em que busca prever fatos econômicos. E de maneira ainda mais radical, intervém ao racionalizar planos desenvolvimentistas, atuando na escala de uma grande unidade econômica, para então organizar, ao seu modo, sua estrutura e seu funcionamento. Organiza e controla as relações de produção e de distribuição em uma sociedade inclinada à satisfação de delimitados ideais humanos. (Caos Markus)

DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2011: "PODER E MORTE"

Sistemas sociais, instituições e grupos, generalizadamente, são (paralelamente à especificidade dos seus objetivos) instrumentos de busca e manutenção do 'poder'. Este desejo de 'poder' sempre está vinculado à originária condição humana. E, por isso, adquire qualidade de substrato dinâmico às adversidades de cada um de nós na relação com a vida. Seres humanos são, contudo, capazes de inibir seu próprio desenvolvimento psíquico (comprometendo gravemente a realização de projetos que justificariam a sua existência), a partir de mecanismos autodestrutivos, desde as mais comuns somatizações até a extremada e singular conduta do suicídio. De maneira análoga, também os sistemas sociais aniquilam-se, ou "suicidam-se". Foi assim com a desintegração do Leste Europeu. Hoje, à semelhança desse passado ainda próximo, é igualmente o que se verifica entre os países árabes, sem discussão, aqui, das múltiplas causas externas e dos escusos interesses presentes nessa cisão. Tão-somente em menor proporção, também os grupos se autoflagelam. E o fazem tanto por meio das fragmentações institucionais quanto através das dissidências. O poder que mata é, pois, o mesmo que se mata. (Caos Markus)

SÁBADO, 18 DE JUNHO DE 2011: "RECUSA NO REGRESSO"

A fragmentação do nascimento e a consequente necessidade de adaptar-se às exigências de uma realidade que confronta o ser humano com a evidência de sua limitação (e, posteriormente, com a sua finitude) o levam a desejar o retorno ao estado de 'onipotência original', numa representação mental do paraíso, sem angústias e conflitos, sem ambições a demandar plena satisfação e, por efeito, com o imaginário condão de admitir a vida como se dela ausentes estivessem as vicissitudes que se lhe são intrínsecas.O impulso, então, se opõe à vida e às suas manifestações, mormente, ao desejo de crescer e aceitar os desafios do percurso existencial. Essa pré-cognição busca ocultar o incômodo instinto da morte. Portanto, seu objeto será o regresso àquele primário estado de 'onipotência original', cujo paradigma traduz-se pelo narcisismo primitivo, presente na fase anterior mesmo aos primeiros meses de vida do ser humano.
(Caos Markus)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

SEXTA-FEIRA, 17 DE JUNHO DE 20110: "IDÉIA"

Sempre por vir, do nada, eu sou provisória idéia de minha existência.
(Caos Markus)

QUINTA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2011: "MÃO DUPLA"

Não que eu prefira, mas já é velha a minha opinião sobre quase tudo. "Esquerda" e "direita, hoje, mundo afora (mais acentuadamente nos lugares onde a 'esquerda' mal saíra do tubo de ensaio, caso tipicamente brasileiro), são apenas dois 'sentidos' de uma só 'direção'. Assim, tal qual numa avenida de mão dupla, trafegam em única via, encontrando-se no caminho. Não há como distinguí-las, pois basta o PODER mudar a placa de sinalização (entenda-se por "coligações", "coalizões", isso e mais aquilo etc., etc.)... e as mãos são trocadas. Afinal, o PODER só mantém 'colisão' com os transeuntes, a quem cabe disputar as "calçadas", porque, se preciso, essas tornam-se 'acostamento' da "esquerda" ou da "direita", tanto faz.
(Caos Markus)

QUARTA-FEIRA, 15 DE JUNHO DE 2011: "AB"

ELEITOR -DEPOIS DA ABDUÇÃO- SENDO EXPLORADO PELOS MANDATÁRIOS SUFRAGADOS.
(Caos Markus)

TERÇA-FEIRA, 14 DE JUNHO DE 2011: "DUAS FORMAS DE UM SÓ REGIME"

Considerando-se 'legitimidade' e 'legalidade' como dois distintos requisitos do 'Poder', a legitimidade é pressuposto da 'titularidade', enquanto a legalidade é premissa do 'exercício do poder'. Os dois constituem-se modos diversos de 'justificar' o poder: o primeiro é usado na justificação do 'título' do poder; o segundo é utilizado para avalizar o 'exercício' desse poder. Ao se exigir que um poder seja legítimo, deve-se concluir, pois, que ele possua um justo título para detê-lo, porque quando se invoca a sua legalidade, é esperado que venha exercitado justamente. A 'legitimidade', por efeito, refere-se ao titular do poder. A 'legalidade', ao governado. Neste sentido, tal distinção corresponde à tradicional diferença entre duas formas de um só regime: o da tirania. (Caos Markus)