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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

SEGUNDA-FEIRA, 6 DE DEZEMBRO DE 2010: "ARARA"

BRASÍLIA - Em discurso na cerimônia do 35º aniversário da Embrapa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou nesta quarta-feira os governos dos generais Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) e Ernesto Geisel (1974-1979), ambos do período ditatorial. Segundo o petista, foi no governo de Médici que, "apesar de tudo", foram criadas a estatal de pesquisa agropecuária e a hidrelétrica de Itaipu. - É com orgulho que as pessoas às vezes falam: "Lula defende o governo Geisel". Não podemos ficar julgando eternamente as pessoas por um gesto ou dois, e não pelo conjunto do que fizeram - disse Lula.
SE LULA TIVESSE CONHECIDO O OUTRO PAU-DE-ARARA, NÃO APENAS O CAMINHÃO USADO NO TRANSPORTE DE NORDESTINOS; SE LULA TIVESSE SIDO PENDURADO, NU, DE CABEÇA PARA BAIXO ATRAVESSADO NUMA VARA; HOJE, NÃO OUSARIA ENFIAR NOS BRASILEIROS O QUÊ ELE PRÓPRIO TERIA ENTÃO EXPERIMENTADO, A DOR TAMANHA DE SENTIR, NO SEU, SENDO ENFIADO UM CABO, UM PEDAÇO DE PAU.O BRASIL PINDORAMA É INIMITÁVEL: ÚNICO LUGAR DO MUNDO ONDE UM TRUÃO, AO INVÉS DE DIVERTIR O REI, OCUPA O GOVERNO COMO SE FOSSE O PRÓPRIO REI.
(Caos Markus)

DOMINGO, 5 DE DEZEMBRO DE 2010: "O SALÁRIO NO ANZOL DO CAPITALISMO"

Sob o regime neoliberal do capitalismo, o direito do trabalho não encontra sua forma legal específica. O mercado de trabalho revela-se um mecanismo inadequado ao funcionamento da oferta e procura, ao constituir-se o exército industrial de reserva como fator de depreciação contínua do valor da força-de-trabalho. O princípio determinante da oferta e demanda de mão-de-obra está na formação desse exército, que a descreve alternativamente como lei da superpopulação relativa. A oferta de mão-de-obra tende a exceder continuamente a procura, face uma característica especial do sistema capitalista, manifestada particularmente na globalização: a resistência singular que, por vários meios, se opõe à ascensão da magnitude dos salários, acontecimento explicado, por seu turno, pela propensão capitalista em concentrar-se na taxa de rendimento do capital (juros e lucro), e, por efeito, pela rigidez do sistema em relação a tendência para a queda dessa taxa.
(Caos Markus)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

SÁBADO, 4 DE DEZEMBRO DE 2010:"COCÓRICÓ DA JUSTIÇA"

GALO DEVE SER RECOLHIDO ÀS 22 HS PARA NÃO INCOMODAR VIZINHOS
Dentro de 40 dias, a contar de ontem (26/10), o galo batizado de Natal vai ganhar um galinheiro, mas perderá a liberdade de ciscar das 22h às 6h no quintal de um casarão da Rua Santa Clara, em Copacabana (RJ), onde vive. A decisão é do 4º Juizado Espec...ial Criminal do Rio de Janeiro, que determinou que o animal deve ficar preso em um galinheiro durante esse horário. NOTA: conforme o festejado mestre jurisconsulto Justiniano Gallo, o galo de Copacabana ainda poderá impetrar habeas-corpus, face a decisão que ofende o preceito constitucional da ampla defesa no devido processo legal. Cócóricór!!! (Caos Markus)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

SEXTA-FEIRA, 3 DE DEZEMBRO DE 2010: "SUJEITO OBJETO"

A natureza da subjetividade jurídica proletária é a configuração que emerge da oposição entre a coesão da produção e a ordem jurídica contratual. Dela decorre duplo aspecto: de um lado, variada gama de obrigações e direitos recíprocos como estatuto trabalhista; do outro, a ambiguidade do sujeito, cuja ÚNICA DECLARAÇÃO DE VONTADE LIVRE E CAPAZ CONSISTE EM VENDER-SE, PASSAR DE 'SUJEITO' A 'OBJETO. Portanto, NEGAR-SE ENQUANTO SUJEITO. Permanece, via de consequência, somente na condição de SUJEITO FORMAL, constituído e generalizado por declaração pública como SUJEITO JURÍDICO ABSTRATO.
(Caos Markus)

QUINTA-FEIRA, 2 DE DEZEMBRO DE 2010: "PODER DISSIMULADO"

A ação pedagógica é, objetivamente, num primeiro sentido uma violência subliminar, oculta sob signos emblemáticos, ao passo em que as relações de força entre os grupos ou as classes constitutivas de uma formação social estão na base do poder arbitrário, que é o requisito de instauração de uma relação pedagógica, isto é, da imposição e da consolidação de um contexto cultural arbitrário, em conformidade com a 'educação'; ela própria, também uma forma arbitrária de imposição e manutenção desses valores. O alcance dessas proposições está definido na circunstância de que elas são convenientes a toda formação social, compreendida enquanto sistema de relações de força e de sentido/direção entre segmentos ou classes. Como violência dissimulada que é, nesse caso o poder produz seus efeitos na relação de comunicação, a qual conhecemos genericamente por 'educação'. (Caos Markus)

domingo, 24 de outubro de 2010

QUARTA-FEIRA, 1 DE DEZEMBRO DE 2010: "PENSAR A LIBERDADE"

Contemporaneamente, tragado pelo impacto da multiplicidade de alternativas num processo amplamente consumista, o homem, ao contrário do que aparenta, sofre. Sob a pressão subliminar de variadas ideologias, todas insistentes em dissimular distinção entre elas, as sociedades procuram atingir, passo a pa...sso, crescente sofisticação tecnológica.Todavia, somente visam suprimir da liberdade seu mais imprescindível componente, qual seja, o 'pensar'. Ora, o pensamento é uma atividade do espírito, subsídio à capacidade de compreensão. Compreender, por seu turno, significa promover a reconciliação entre o homem -um estrangeiro- e este mundo onde ele vive. Assim, uma vida não compreendida não é uma vida plenamente vivida. O que se observa, contudo, é a constância de nomes, indicadores de tendências e qualificações: o perfeito caminho da iconolatria, o exato instantâneo da idiotice institucionalizada, a hora e a vez dos 'cretinos fundamentais'. É preciso ser um verdadeiro maníaco para insistir em querer ter razão. Ter razão é, afinal, apenas uma mera questão de explicações. A razão não é um princípio recente. O homo-sapiens quer resistir, mesmo já bastante fragilizado.Transfigura-se, então. Agora, novamente, pois que reduzido a homo-erectus, padece: dores primitivas em cenário moderno. Submisso, o homem atual não assimila a relatividade de conceitos emblemáticos. Curva-se à verdade. O quê, porém, é a verdade? De fato, hoje o 'homem intelectual' tornou-se uma criatura dada a explicações. Somente por isso, a conscientização das massas populares é pura mistificação, porque impede o despertar da consciência individual. Não por outro motivo, é preciso dispensar à política tratamento de maneira a impedí-la de prejudicar a vida do espírito. Pois a pluralidade (pressuposto da imaginação no diálogo do pensamento) está sob ameaça desde o início da modernidade. Como jamais houve na história humana uma revolução consentida, não haverá libertação que não seja consequência do questionamento filosófico da condição humana. O homem libertar-se-á quando disser 'não' ao 'sim' a que foi adestrado para repetir sistematicamente. Ou, enfim, quando 'pensar' ao invés de 'idolatrar'. No diálogo do pensamento está a gênese do amor. Este amor -anárquico!- romperá todas e quaisquer imposições aos sentimentos hoje limitados à indução. Amar, neste sentido, será, com efeito a própria libertação.
(Caos Markus)

TERÇA-FEIRA, 30 DE NOVEMBRO DE 2010: "ARGUMENTO PRÓ-FISCO: A MENTIRA VIRA VERDADE NO STF"

O BAQUE NAS CONTAS PÚBLICAS É CADA VEZ MAIS USADO PELO FISCO PARA FUNDAMENTAR A DEFESA DE SUA TESES TRIBUTÁRIAS Não é por menos, pois grandes causas contra a Fazenda Nacional são cada vez mais frequentes nos tribunais, especialmente na mais alta Corte do País, o Supremo Tribunal Federal, e custarão bilhões de reais por ano, em caso de derrota da União. Já é motivo de preocupação o fato de que os argumentos financeiros possam influenciar os julgadores, porque, lamentavelemente, isso exerce forte influência no julgamento. A Fazenda utiliza muito essa argumentação baseada no "terror", ao alardear que uma decisão, em determinado sentido, vai causar despesa inesperada e prejudicar a execução orçamentária. Discursos como o de que "o país vai quebrar" já foram levados em conta pelo Supremo. O Supremo deve julgar em breve um dos maiores embates tributários do País. E, como não podia ser diferente, o argumento financeiro está novamente no centro do debate. A inclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) pode significar, segundo a Fazenda, a perda de até R$ 60 bilhões para o governo federal. HÁ UM PEDIDO DA UNIÃO PARA QUE O SUPREMO MODULE OS EFEITOS DA DECISÃO, ou seja, para que os ministros declarem, caso o desfecho seja favorável ao contribuinte, que o entendimento só vale a partir de determinado momento. Mas a verdade é que o governo já embolsou dinheiro do contribuinte e o máximo que perderia seria a devolução dos últimos cinco anos...!
(Caos Markus)