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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SEXTA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2010:"PROMETEU"

Há várias versões sobre o mito de Prometeu, herói da mitologia grega. Seu nome, no idioma grego, significa ‘premeditação’. E é realmente o que este titã, um dos deuses que enfrentam o Olimpo e suas divindades, mais pratica em sua trajetória, a arte de tramar antecipadamente seus planos ardilosos, com a intenção de enganar os deuses olímpicos. Prometeu com o Fogo Divino. Pintura de Heinrich Fueger (1817)Ele era filho de Jápeto e de Ásia, irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio, e se tornou o progenitor de Deucalião. Uma outra vertente menos significativa aponta como pais de Prometeu a deusa Hera e o gigante Eurimedon. Este deus foi o co-criador, ao lado de Epimeteu, da raça humana, e a ela também se atribui o furto do fogo divino, com o qual presenteou a Humanidade.Muito amigo de Zeus, o ardiloso Prometeu ajudou o deus supremo a driblar a fúria de seu pai Cronos, o qual foi destronado pelo filho. O dom da imortalidade não o impediu de se aproximar demais do Homem, sua criação – de acordo com algumas histórias, ele o teria concebido com argila e água, depois que seu irmão esgotou toda a matéria-prima de que dispunha com a geração dos outros animais, e lhe pediu auxílio para elaborar a raça humana.Ele concedeu ao ser humano o poder de pensar e raciocinar, bem como lhes transmitiu os mais variados ofícios e aptidões. Mas esta preferência de Prometeu pela companhia dos homens deixou o enciumado Zeus colérico. A raiva desta divindade cresceu cada vez mais quando ele descobriu que seu pretenso amigo o estava traindo.O titã matou um boi e o fracionou em dois pedaços, ambos ocultos em tiras de couro; destas frações uma detinha somente gordura e ossos, enquanto a carne estava reservada para o pedaço menor. Prometeu tentou oferecer a parte mínima para os deuses olímpicos, mas Zeus não aceitou, pois desejava o bocado maior. Assim sendo, o filho de Jápeto lhe concedeu este capricho, mas ao se dar conta de que havia sido ludibriado, Zeus se enfurece e subtrai da raça humana o domínio do fogo.É quando Prometeu, mais uma vez desejando favorecer a Humanidade, rouba o fogo do Olimpo, pregando uma peça nos poderosos deuses. Já outra versão justifica essa peripécia de Prometeu como uma forma de obter para a raça humana um elemento que lhe garantiria a necessária supremacia sobre os demais seres vivos. Prometeu Acorrentado (pintura de Dirck van Baburen - 1595-1624)O fato é que Zeus decidiu punir Prometeu, decretando ao ferreiro Hefesto que o prendesse em correntes junto ao alto do monte Cáucaso, durante 30 mil anos, durante os quais ele seria diariamente bicado por uma águia, a qual lhe destruiria o fígado. Como Prometeu era imortal, seu órgão se regenerava constantemente, e o ciclo destrutivo se reiniciava a cada dia. Isto durou até que o herói Hércules o libertou, substituindo-o no cativeiro pelo centauro Quíron, igualmente imortal.Zeus havia determinado que só a troca de Prometeu por outro ser eterno poderia lhe restituir a liberdade. Como Quíron havia sido atingido por uma flecha, e seu ferimento não tinha cura, ele estava condenado a sofrer eternamente dores lancinantes. Assim, substituindo Prometeu, Zeus lhe permitiu se tornar mortal e perecer serenamente.
(Marcus Moreira Machado)

QUINTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2010:"VIDA NEGADA"

Os mecanismos psíquicos e sociais que impedem a descoberta e a experimentação da criatividade de cada um são fruto da reação, pessoal e coletiva, contra qualquer nova forma de vida. Por isso, são duas as condições indispensáveis ao desenvolvimento da habilidade de criar: coragem e liberdade.
Porque nos faltam ambas, re-produzimos, mas não criamos. Como desdobramento do gesto marcado pela dubiedade (omissão e comissão a um só tempo), o fantástico e ilusório mais e mais subjugam as contemporâneas comunidades/arquipélagos. Ora, não há argumento hábil a rejeição da assertiva: a sociedade não pode ter experiência nômade em espaço fechado.
Caos Markus

QUARTA-FEIRA, 17 DE MARÇO DE 2010:"SIGNIFICANDO"

Destruir as palavras todas.
Desaprender os signos todos.
Redefenir -sempre- os vocábulos predestinados
-na origem- à agonia eterna.
METALINGUAGEM/ PARALINGUAGEM:
ao lado -mais extremo- é que se transcende,
sem jamais saber se é de fato ascender,
até quando e porque há de perdurar o discenso.
Caos Markus

TERÇA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2010:"A EPILEPSIA NA ARTE"

Na tela "Os Milagres de Santo Ignacio de Loyola", 1618, de autoria de Pieter Pawel Rubens, 1577-1640, são mostradas personagens epilépticas. Em 1540, Santo Ignacio, contando com o apoio do papa Paulo III, fundou a Companhia de Jesus, ou melhor, a "Ordem dos Jesuítas". Esta é a razão pela qual a referida tela decorou, até 1776, o altar-mor da Igreja dos Jesuítas (hoje "Igreja de São Carlos Borromeo"), situada na cidade de Antuérpia, Bélgica. A pintura em grupo destaca Santo Ignacio rezando missa na presença de alguns religiosos. Ele eleva os olhos ao céu, põe a mão esquerda sobre o altar e, com a direita, abençoa os doentes que imploram por um milagre curativo. Dois desafortunados são os protagonistas absolutos da cena: uma mulher dando um grito epiléptico e um homem se debatendo no solo em convulsão. Eles criam uma cena de dramática beleza artística. Cor, luz e perspectiva mostram a tremenda influência da "Escola Veneziana" na pintura de Rubens, nascido na Vestifália e falecido em Antuérpia.
Santo Ignacio, espanhol de nascimento, faleceu em 1551 e foi canonizado em 1862.
(Marcus Moreira Machado)

SEGUNDA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2010:"QUESTÕES"

Várias são as divagações acerca da 'loucura'.
Nessa pluralidade, pode-se refletir sobre a loucura como 'confusão', 'agressividade' ou demasiada 'frustração'. Ou também como desenvolvimento 'defeituoso', como 'espera insuportável' e como 'falta de esperança'.
Noutro diapasão, pode-se pensar a 'sanidade' como violação de tabus, como 'consciência tolerável de nossos limites', como 'vitalidade preservada', como 'fé' e até como 'sorte' por se ter nascido com quantidades certas de emoções para não odiar nem o desejo nem o nosso corpo.
Afinal, é sanidade a capacidade de suportar as tensões das experiências, nas diferentes escolhas que fazemos? Há sanidade no reconhecimento das implicações éticas dos atos e na consideração dos efeitos devastadores da humilhação? É sanidade a importância que se dá à esperança?
Todavia, o 'dinheiro' passeia pelos estragos produzidos pela cultura ao estabelecer como amá-lo e como este amor nos leva para longe dos valores que prezamos. Então, uma outra pergunta: o acúmulo de capital é loucura, é extravagância ou é usurpação?
Ou, quem sabe (quem sabe?), tudo não passa de perguntas 'loucas' para respostas desejadamente 'normais'?
(Marcus Moreira Machado)

DOMINGO, 14 DE MARÇO DE 2010: "RECRIAÇÃO DO HOMEM"

Há várias versões sobre o mito de Prometeu, herói da mitologia grega. Seu nome, no idioma grego, significa ‘premeditação’. E é realmente o que este titã, um dos deuses que enfrentam o Olimpo e suas divindades, mais pratica em sua trajetória, a arte de tramar antecipadamente seus planos ardilosos, com a intenção de enganar os deuses olímpicos. Ele era filho de Jápeto e de Ásia, irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio, e se tornou o progenitor de Deucalião. Uma outra vertente menos significativa aponta como pais de Prometeu a deusa Hera e o gigante Eurimedon. Este deus foi o co-criador, ao lado de Epimeteu, da raça humana, e a ela também se atribui o furto do fogo divino, com o qual presenteou a Humanidade. Muito amigo de Zeus, o ardiloso Prometeu ajudou o deus supremo a driblar a fúria de seu pai Cronos, o qual foi destronado pelo filho. O dom da imortalidade não o impediu de se aproximar demais do Homem, sua criação. De acordo com algumas versões, ele o teria concebido com argila e água, depois que seu irmão esgotou toda a matéria-prima de que dispunha com a geração dos outros animais, e lhe pediu auxílio para elaborar a raça humana. Ele concedeu ao ser humano o poder de pensar e raciocinar, bem como lhes transmitiu os mais variados ofícios e aptidões. Mas esta preferência de Prometeu pela companhia dos homens deixou o enciumado Zeus colérico. A raiva desta divindade cresceu cada vez mais quando ele descobriu que seu pretenso amigo o estava traindo.O titã matou um boi e o fracionou em dois pedaços, ambos ocultos em tiras de couro; destas frações uma continha somente gordura e ossos, enquanto a carne estava reservada para o pedaço menor. Prometeu tentou oferecer a parte mínima para os deuses olímpicos, mas Zeus não aceitou, pois desejava o bocado maior. Assim sendo, o filho de Jápeto lhe concedeu este capricho, mas ao se dar conta de que havia sido ludibriado, Zeus se enfurece e subtrai da raça humana o domínio do fogo.É quando Prometeu, mais uma vez desejando favorecer a Humanidade, rouba o fogo do Olimpo, pregando uma peça nos poderosos deuses. Já outra versão justifica essa peripécia de Prometeu como uma forma de obter para a raça humana um elemento que lhe garantiria a necessária supremacia sobre os demais seres vivos. O fato é que Zeus decidiu punir Prometeu, decretando ao ferreiro Hefesto que o prendesse em correntes junto ao alto do monte Cáucaso, durante 30 mil anos, durante os quais ele seria diariamente bicado por uma águia, a qual lhe destruiria o fígado. Como Prometeu era imortal, seu órgão se regenerava constantemente, e o ciclo destrutivo se reiniciava a cada dia. Isto durou até que o herói Hércules o libertou, substituindo-o no cativeiro pelo centauro Quíron, igualmente imortal. Zeus havia determinado que só a troca de Prometeu por outro ser eterno poderia lhe restituir a liberdade. Como Quíron havia sido atingido por uma flecha, e seu ferimento não tinha cura, ele estava condenado a sofrer eternamente dores lancinantes. Assim, substituindo Prometeu, Zeus lhe permitiu se tornar mortal e perecer serenamente.
(compilação: Marcus Moreira Machado)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

DOMINGO, 14 DE MARÇO DE 2010:"METADES"

A vida, me parece, é mesmo dividida.
E depois do ensaio, na primeira metade,
a gente se dá conta de que nada protagonizamos,
e só nos resta o lugar de figurantes.
Mas... O show não pode parar!

(Marcus Moreira Machado)

SÁBADO, 13 DE MARÇO DE 2010: "INFORMAÇÕES NA NET"

Editar: Informações pessoais


Preferência política: Partido ao Meio.

Religião: uma para cada dia da semana.

Atividades: inércia corporal acelerada e prostração mental absoluta

Interesses: tudo que eu faço é desinteressado, a ponto de ser desinteressante.

Músicas favoritas: as que compus com Vila Lobos e Bezerra da Silva.

Programas de TV favoritos: todos os do Edir.

Filmes favoritos: os curta-metragens (no máximo de 1 minuto).

Livros favoritos: todos os de auto-destruição (são auto-combustíveis).

Citações favoritas: aquela do Ary Barroso: "... tem coqueiro que dá côco.."

Sobre mim: Sobre mim?!!! Que é isso?!! Tá de brincadeira?!! Acima de mim, talvez.

Marcus Moreira Machado